terça-feira, 23 de março de 2010

Fuga de presos: O episódio continua, agora no Centro Educacional São Lucas.

Direção do Centro Educacional São Lucas, em São José, atualiza para 13 o número de foragidos

Fuga pode ter sido facilitada por omissão de monitores, aponta diretora da unidade

A direção do Centro Educacional São Lucas, em São José, na Grande Florianópolis, atualizou para 13 o número de jovens que deixaram a unidade na última fuga, registrada na noite de segunda-feira. A informação anterior era de que 12 jovens tinham escapado do São Lucas.

Para a diretora Margarete Sandrini, a fuga foi facilitada por um descuido da segurança. Dos dois monitores de plantão, um estaria fora do local e outro assistindo televisão no momento do incidente.

Antes de chegar à rua, os jovens quebraram duas paredes com uma marreta. Ainda não se sabe como os internos tiveram acesso à ferramenta.

— Houve toda essa movimentação e o monitor não viu nada - reclama Margarete.

Para fugir, os jovens abriram um buraco na parede de um dos quartos e outro no muro que delimita o terreno do São Lucas, nos fundos do prédio. Quando saíam para a rua, foram avistados pelo vigilante que faz a segurança externa.

— Ele chegou a ligar para o monitor de plantão e avisou que os adolescentes estavam fugindo, mas o servidor disse que estava tudo bem, todos nos quartos — garante.

Margarete não quis dar detalhes sobre os motivos das internações dos jovens que escaparam. Ela apenas confirmou que todos teriam envolvimento com o tráfico de drogas.

A Polícia Militar (PM) faz buscas pelos adolescentes foragidos desde instantes após a fuga. Segundo testemunhas, três carros aguardavam os adolescentes do lado de fora da unidade.

Rotina

Margarete aponta falhas, por parte dos monitores, no cumprimento das determinações da direção. Todos os jovens deveriam estar trancados sozinhos, em cada quarto, às 18h — o que há indícios que não foi cumprido.

Segundo ela, os jovens daquela ala acordavam às 9h e tinham até as 9h30min para tomar banho e café. Em seguida, ficavam uma hora no pátio da instituição praticando esportes.

Em seguida, iam para o refeitório almoçar. Após o almoço, os garotos eram encaminhados para os quartos, onde permaneciam até as 14h.

Das 14h às 17h30min, eles tinham aulas. Após o término das aulas, eram encaminhados aos quartos.

Motivação

A fuga, conforme Margarete, seria motivada pela divulgação, na imprensa, da suposta exoneração dela. A notícia teria chegado aos internos, que estão apreensivos com a possibilidade da chegada de um novo diretor.

— Os adolescentes têm medo de repreensões e torturas. Foi só o tempo deles receberem essa notícia que iniciou a agitação — disse.

A dirigente do São Lucas confirmou que deixa o cargo nas próximas semanas, mas não informou qual será seu futuro. De acordo com Margarete, esta foi a maior fuga do São Lucas nos três anos em que está a frente da instituição.

Ela explica que, conforme um levantamento pessoal, os jovens que fogem do centro costumam voltar — recapturados ou espontaneamente — em até um mês.

Fonte: http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default.jsp?uf=2&local=18&section=Geral&newsID=a2847540.xml


Nota do blog: O que a Srª Margarete esqueceu de dizer é que, a omissão dos monitores ocorre pelo descaso que esta senhora vem tendo com relação às instalações e rotinas de trabalho no São Lucas. A fuga é mero resultado de um buraco gigantesco que existe há mais de 4 anos, no muro do Centro. Omissão? Não, isso é falta de profissionalismo e competência da Diretora.

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