terça-feira, 6 de abril de 2010

COMENTÁRIOS ACERCA DAS NOTAS ABAIXO, VINCULADAS NA MÍDIA

Primeiro: É preciso dizer que a despeito dos números serem, em tese pequenos a sensação de insegurança é perceptível, basta que nossos "gestores" se dignem a falar e ouvir a população que constatarão "in loco" tal sentimento.

Segundo: Confiar nos números da SSP-SC é pedir demais. Uma secretaria que teve sua sede arrombada não tem a menor condição de tentar fazer com que a sociedade acredite em seus dados e números, ademais, sabemos que o objetivo central do ex-secretário e de seus subalternos diretos não era e nunca foi idealizar uma política de segurança pública, mas sim uma eleição para Deputado Federal (dele) e outras para Deputados Estaduais (de outros) e que portanto partindo desta lógica alguns munícipios foram mais beneficiados que outros e alguns dados podem ter sido omitidos ou distorcidos, do contrário porque não cumprir a lei e divulgar as estatísticas da criminalidade no prazo determinado pela referida lei.

Terceiro: A falta de efetivo nas instituições de segurança pública é um dado estarrecedor e agora a mídia começa a perceber isso. Aliás, os sindicatos, associações e os próprios policiais vem denunciando isso a muito tempo, no entanto, por fatores que fogem a compreênção destes, tais constatações nunca foram levados em consideração. A Policia Militar tem o mesmo efetivo da década de 80, por outro lado a população de SC, no mesmo período praticamente dobrou. Por outro lado, a criação desenfreada de batalhões pelo Estado afora, com um discurso hipócrita e enganador de que com isso os problemas seriam resolvidos teve e tem efeito oposto ao divulgado, senão vejamos: Com a criação destes batalhões, fez-se necessário criar toda uma estrutura burocrática para que o dito funcionasse a contento e para que isso ocorresse há a necessidade de se retirar policiais das ruas prejudicando sobremaneira a função primeira da Policia Militar, qual seja o policiamento ostensivo. A criação de batalhões tem um único objetivo, oxigenar as promoções das cúpulas, pois com os novos batalhões foram criados novos cargos de comandantes, sub-comandantes e assim por diante, cargos estes ocupados pelos oficiais que diga-se de passagem nunca foram tão aquinhoados em termos de promoções na história da PM. Mas e a sociedade e a sua segurança pública, como ficam? Bom, isso é apenas um pequeno detalhe, afinal o que vale mesmo são as promoções,e com estas o status, o salário e uma aposentadoria muito interessante.

Quarto: Segundo o jornalista Moacir Pereira, no caso de Blumenau, o ex secretário, afirma que "...que no Vale do Itajaí está havendo desvio das viaturas e de função dos militares, destacados para missões especiais de investigação, sempre à paisana". Baseado nesta afirmação, me surge uma pergunta: Porque o secretário não exonerou o Comandante do Batalhão e não coibiu os desvios que ele afirma existirem? A resposta que me parece mais óbvia é que de fato, não tínhamos um secretário de segurança pública, mas sim um político e um político por demais fraco, pois nem alavancar recursos e condições, junto ao governador ele conseguiu.

Quinto: Resta-no a esperança de que a partir destas constatações (as quais já temos denunciado a muito), tanto a mídia, como a sociedade e o atual Governador ouçam as bases do sistema e junto com todos idealizem uma política de segurança pública que não seja aquela focada em projetos pessoais ou ainda em lógicas interesseiras (no caso aqui, egoístas a ponto de idealizarem projetos vislumbrando apenas os ganhos salariais exorbitantes e injustos). Lamentavelmente, as primeiras atitudes do atual Governador nos levam a crer que isso não ocorrerá e que continuaremos com a lógica do "mais do mesmo", ou seja, a despeito de todo um clamor das bases das instituições e da sociedade para serem ouvidas, o atual Governador opta por manter as mesmas injustiças que tiveram e tem como resultados a verdadeira bagunça que se encontra a segurança pública de Santa Catarina.
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